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Obesidade Infantil - Uma nova epidemia

A prevalência da Obesidade está a aumentar em todo o Mundo a um ritmo alarmante, justificando a designação de epidemia global, que lhe é atribuída pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 2000). A prevalência de excesso de peso e obesidade em idade pediátrica parecem também estar a aumentar nos países desenvolvidos e noutras partes do mundo.

Preocupados com estes alertas, os governos de toda a Europa consideraram a obesidade como um dos desafios de saúde pública mais importantes, com um especial enfoque nas crianças. Portugal não é excepção. Os últimos dados revelam:
- a prevalência de obesidade em crianças entre os 7 e os 9 anos - reportam uma prevalência de excesso de peso e obesidade de cerca de 30%. Os autores do estudo salientam o grande aumento do IMC nas crianças, entre 1970 e 2002, que faz de Portugal um dos países da Europa com maior prevalência de excesso de peso e obesidade em crianças (Padez et al, 2004),
- em crianças de idade pré-escolar detectou-se uma prevalência de excesso de peso de 13,6% nos rapazes e 20,4% em raparigas e uma prevalência de obesidade de 6,5% e 6,9%, respectivamente, em rapazes e raparigas, num estudo em crianças dos 3 aos 6 anos de idade (Rito, 2006).

Seguramente existem dois factores muito importantes e que estão na base do crescimento da obesidade infantil em Portugal, por um lado a mudança nos hábitos alimentares com a perda dos valores tradicionais da alimentação mediterrânica por parte dos pais o que se reflecte directamente nos comportamentos alimentares das crianças (menor consumo de sopa, frutos, hortaliças e legumes e menos cereais completos) e a opção por produtos de reduzido valor nutricional mas de elevada densidade calórica, isto é, alimentos pobres em nutrientes mas ricos em calorias e que podem engordar; por outro lado os portugueses são de todos os povos da União Europeia aquele que apresenta maior nível de inactividade física entre os adultos. Na verdade sabe-se que pais pouco activos têm maiores probabilidades que os seus filhos sejam igualmente crianças com baixo nível de actividade física.

Plataforma Contra a Obesidade - Projecto OI

Esta crise em rápida expansão alarmou especialistas e políticos da União Europeia que assumiram o desafio através das suas políticas de segurança alimentar, saúde pública, educação, mercado interno, investigação e políticas agrícolas. Nomeadamente, através da criação de uma Plataforma Europeia de Acção da Saúde, Dieta e Actividade Física e da Carta Europeia de Luta Contra a Obesidade, definida em Novembro de 2006, que descreve as linhas de orientação para travar o aumento dos casos de obesidade nas crianças e nos adultos.

O reconhecimento da urgência de actuar a nível nacional na vertente da prevenção e alerta à população portuguesa, levou o Ministério da Saúde, através da Direcção-Geral da Saúde, a criar a Plataforma Contra a Obesidade. A sua implementação permitirá a diminuição e prevenção das doenças crónicas de elevada prevalência, como a diabetes e as doenças cardiovasculares e conduzirá a ganhos na prevenção de outras doenças como o cancro e as doenças osteoarticulares.

Uma das prioridades da Plataforma contra a Obesidade é seguramente a abordagem da Obesidade Infantil. O programa OI apresenta-se como uma estratégia multifacetada onde o conhecimento epidemiológico através da realização de investigação que permita conhecer a prevalência da obesidade infantil e dos comportamentos alimentares e outros das crianças, bem como a prevenção no ambiente escolar assumem expressão máxima.

No espírito da Plataforma Contra a Obesidade este projecto reforça-se com a parceria instituída entre o Ministério da Saúde e Ministério da Educação que pretende firmar a importância que a escola assume no combate à obesidade Infantil e sobretudo na promoção de ambientes saudáveis escolares, com espaço e papel para todos os seus “actores” desde os pais, aos professores, às crianças, aos auxiliares de acção educativa aos cozinheiros, para que todos possam agir com a mesma linguagem. Na verdade as escolas portuguesas já desenvolvem importantes acções de educação para a saúde e de forma integrada com o Ministério da Saúde. É disto um bom exemplo, o protocolo entre a Direcção-Geral da Saúde e a Direcção-Geral do Desenvolvimento e Inovação Curricular no âmbito da educação para a saúde.

A estratégia de combate à obesidade infantil tem que ter por isso, um carácter claramente multisectorial. De facto, só através de uma acção global, conjunta, bem estruturada, envolvendo todos os “actores” interessados poder-se-á cumprir os objectivo da carta europeia contra a obesidade.

Queremos estabilizar o crescimento da epidemia nos próximos 4-5 anos, queremos inverter esta tendência até 2015.

Fonte: Plataforma Contra a Obesidade
 

Sabia que, depois do tabagismo, a obesidade é considerada como a segunda causa de morte passível de prevenção?

A obesidade é uma doença! Mais, é uma doença que constitui um importante factor de risco para o aparecimento, desenvolvimento e agravamento de outras doenças.

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Há tantas pessoas obesas a nível mundial que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou esta doença como a epidemia global do século XXI.
O que é a obesidade?


 
De acordo com a OMS, a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde.
É uma doença crónica, com enorme prevalência nos países desenvolvidos, atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.


 
A obesidade acarreta múltiplas consequências graves para a saúde.
Quais são os tipos de obesidade?


Obesidade andróide, abdominal ou visceral - quando o tecido adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdómen. É típica do homem obeso. A obesidade visceral está associada a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2 e a dislipidémia e, a doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, a doença coronária e a doença vascular cerebral, bem como à síndroma do ovário poliquístico e à disfunção endotelial (ou seja deterioração do revestimento interior dos vasos sanguíneos). A associação da obesidade a estas doenças está dependente da gordura intra-abdominal e não da gordura total do corpo.


Obesidade do tipo ginóide - quando a gordura se distribui, principalmente, na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas. É típica da mulher obesa.


O que causa a obesidade?


O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Os factores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental.


 
Uma dieta hiperenergética, com excesso de gorduras, de hidratos de carbono e de álcool, aliada a uma vida sedentária, leva à acumulação de excesso de massa gorda.
Existem provas científicas que sugerem haver uma predisposição genética que determina, em certos indivíduos, uma maior acumulação de gordura na zona abdominal, em resposta ao excesso de ingestão de energia e/ou à diminuição da actividade física.


Quais são os factores de risco?


 
Vida sedentária - quanto mais horas de televisão, jogos electrónicos ou jogos de computador, maior a prevalência de obesidade;


Zona de residência urbana - quanto mais urbanizada é a zona de residência maior é a prevalência de obesidade;


Grau de informação dos pais - quanto menor o grau de informação dos pais, maior a prevalência de obesidade;


Factores genéticos - a presença de genes envolvidos no aumento do peso aumentam a susceptibilidade ao risco para desenvolver obesidade, quando o indivíduo é exposto a condições ambientais favorecedoras, o que significa que a obesidade tem tendência familiar;


Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento do armazenamento da gordura na mulher com excesso de peso.


Que consequências para a saúde acarreta a obesidade?
Aparelho cardiovascular - hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca congestiva e angina de peito;


Complicações metabólicas - hiperlipidémia, alterações de tolerância à glicose, diabetes tipo 2, gota;


Sistema pulmonar - dispneia (dificuldade em respirar) e fadiga, síndroma de insuficiência respiratória do obeso, apneia de sono (ressonar) e embolismo pulmonar;


Aparelho gastrintestinal - esteatose hepática, litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula) e carcinoma do cólon;


Aparelho genito-urinário e reprodutor - infertilidade e amenorreia (ausência anormal da menstruação), incontinência urinária de esforço, hiperplasia e carcinoma do endométrio, carcinoma da mama, carcinoma da próstata, hipogonadismo hipotalâmico e hirsutismo;


Outras alterações - osteartroses, insuficiência venosa crónica, risco anestésico, hérnias e propensão a quedas.


A obesidade provoca também alterações socio-económicas e psicossociais:
Discriminação educativa, laboral e social;


Isolamento social;
Depressão e perda de auto-estima.
Como se previne a obesidade?
Dieta alimentar equilibrada;
Actividade física regular;
Modo de vida saudável.